Reinaldo desiste de recurso no STF para anular delação premiada às vésperas de julgamento 232m1y

Reinaldo desiste de recurso no STF para anular delação premiada às vésperas de julgamento
Foto ilustrativa/ Arquivo

A defesa do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) desistiu do recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para anular a delação premiada de executivos da JBS que revelou esquema de corrupção em Mato Grosso do Sul. O pedido de desistência foi apresentado na noite de 30 de setembro, sendo homologado no dia 1º de outubro. A apreciação estava prevista para começar nesta sexta-feira (2), tendo como relator o ministro Celso de Mello. Com a desistência do recurso, a ação fica conclusa para decisão.

Foi a partir da delação premiada dos executivos da JBS que ficou caracterizado envolvimento de Reinaldo Azambuja, e de seu filho, Rodrigo Souza e Silva, no esquema fraudulento para pagamento de propinas. Em resumo, agentes do governo, dentro os quais está o atual governador, recebiam dinheiro após garantirem benefícios fiscais.

As propinas eram pagas a partir de notas fiscais frias, em dinheiro vivo e por doações eleitorais feitas entre 2014 e 2016. Reinaldo e mais 20 pessoas, incluindo Rodrigo, foram indiciados pelos crimes de corrupção iva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O processo, que corre em segredo de Justiça, tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Recurso 11105y

O pedido de anulação da delação foi apresentado pela defesa de Reinaldo em junho de 2017 e aguardava julgamento desde então. Anteriormente, o governador já teve o pedido de anulação das declarações dos empresários negado pelo ministro Celso de Mello, agora o pedido será analisado pelo plenário do STF. Procurador-Geral da República à época do pedido, Rodrigo Janot se manifestou contrário à anulação da delação.

Na época, o  argumentou que os executivos da J e F foram os primeiros a prestarem uma colaboração que ele chama de ‘efetiva’, e por não serem ‘líderes de uma organização criminosa’ foram beneficiários do acordo de delação com ‘imunidade processual’.

Nos acordos firmados com a , a delação da JBS revelou um suposto esquema de cobrança de propina, por parte dos três últimos governadores de Mato Grosso do Sul, Zeca do  (PMDB) e Reinaldo Azambuja, em troca da concessão de benefícios fiscais.

Segundo o empresário Wesley Batista, ele mesmo negociou com Azambuja, a quem teria reado cerca de R$ 38 milhões em propina, de um total de R$ 150 milhões pagos em Mato Grosso do Sul.

Na delação, os empresários e executivos da JBS explicaram que parte do dinheiro da propina era reado em espécie, pagamento de notas fiscais frias, doações oficiais de campanha e também por meio do chamado caixa 2, dinheiro não declarado de campanhas políticas.

Comm informações doMidiamax